sexta-feira
Sobre a depressão e fazer o que gostamos
Ontem tive um momento de reflexão sobre a felicidade. Sofro de distúrbio bipolar e ainda estou ajustando o tratamento, logo tenho fases de depressão. Eu estava com depressão profunda há algum tempo e o médico receitou um novo antidepressivo para tentar resolver isso. Com o passar das semanas melhorei, mas ainda ficou aquele vestígio de não estar feliz. O problema é que quando estamos com depressão paramos de fazer as coisas que gostamos. Eu, por exemplo, gosto de nadar, escrever, tocar clarinete, mas parei tudo isso por causa da depressão. E como a depressão nos deixa sem vontade de fazer nada, não fazemos aquilo que gostamos, o que nos deixa ainda mais tristes. E daí vem a inércia. Você já está acostumado a não fazer o que gosta e não consegue recomeçar a fazer o que gosta e a vida fica meio sem graça. Depois de refletir sobre isso com meu marido, chegamos à conclusão que eu precisava voltar a fazer as coisas que gosto. Há meses que digo que vou voltar a nadar, mas não o fazia. Hoje consegui ir. Foi tão bom, tão prazeroso. Gente, vale a pena, mesmo sem ter vontade nenhuma, recomeçar a fazer aquilo que gostamos, que nos dá prazer. Porque a felicidade não é um estado alcançado gratuitamente, a felicidade é construída nos pequenos momentos de alegria.
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