quinta-feira

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Ruim é quando percebo que eu mesmo começo a não acreditar na fibromialgia.

Fico tentando descobrir outras doenças, porque racionalmente (eu em minha mente OCA de conhecimentos biológicos) eu não consigo, no fundo, no fundo, aceitar a fibromialgia. 

Fim de ano, reinício de dores.

Por que será que em um ano de 365 dias, sempre as coisas se acumulam para os últimos 30 dias? Mas nem há resposta, ou talvez os "filósofos" da auto-ajuda digam que o problema são suas escolhas, como você delimita suas prioridades porque, afinal, um bom líder sabe organizar bem suas prioridades. Pode ser. Definir prioridades ajuda. Mas não é a solução quando o trabalho não depende apenas de ti, como no caso meu, de ser professora. Fim de ano é trabalho a mais e ponto. Alunos a ponto de perder o ano, um, dois, pontos para chegar a 60 e nós, professores, temos que escolher se ele merece ou não ganhar um ponto a mais. Um aparente detalhe mas que faz tanta diferença na vida dessas pessoinhas queridas, nossos alunos.

Imagem: Todd Petrie

Consequência fibromiálgica: senso exacerbado de responsabilidade --> estresse --> tensão --> aumento das dores.

Fórmula simples, não?
Enfim, acho que de tanto sentir dor decidi fazer uma tatuagem. Por que, afinal, não vai doer mais do que estou acostumada.