segunda-feira

Sobre o glúten, a fibromialgia e quando a gente não dá muita bola pra isso

Quem tem fibromialgia sabe que é normal passar alguns períodos com menos  dor e outros de crise, com muito mais dor. Desde minha última crise cismei que queria entender a causa da crise. Eu sabia que eu havia sofrido uma severa mudança na alimentação, aumentando muito a quantidade de glúten, eu sabia que eu estava bebendo menos água assim como fazendo menos exercícios. Se você digita no Google "glúten fibromialgia" você encontra páginas e mais páginas falando da relação entre essas duas variáveis.

 
   Foto: Carlo Scherer

Além de estar em crise de fibromialgia eu também estava muito inchada, sentindo dores abdominais fortes. Resolvi, então, parar de comer glúten. A primeira semana é super difícil, eu fiquei com uma vontade enorme de comer doces para compensar a ausência do glúten, mas com o tempo o corpo vai se acostumando. E aos poucos a crise de fibromialgia foi diminuindo, pouco a pouco eu estava sentindo menos dores e cheguei até a diminuir a dosagem do cymbalta. Por um tempo eu havia me esquecido o que era ter fibromialgia (exceto, é claro, pelos remédios que eu tinha que tomar todos os dias). Mas então eu comecei a abrir concessões em relação ao glúten, o famoso "só hoje", e logo voltei aos poucos a comer glúten. O problema do "só hoje" é que a gente não nota que o "só hoje" acaba se tornando todo dia e de repente a concessão se torna norma. Acho que eu não teria percebido isso se uma coisa ruim não tivesse acontecido: voltei a sentir dor de fibromialgia. Aquela dor ruim de não querer arrumar uma cama porque o braço dói, ou caminhar porque as pernas estão muito fracas. Às vezes a gente só percebe que melhorou quando piora de novo. Eu já tinha escrito sobre isso nesse post aqui. Mas pouca gente deu atenção para ele. Eu acho que vale a pena evitar o glúten, porque a melhora é gritante, pelo menos comigo foi assim.

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