segunda-feira

Sobre limites

Um dos problemas de quem está com fibromialgia é saber diferenciar os tipos de dor. Pessoas metódicas como somos poderíamos catalogar as dores e, assim, aprender, pouco a pouco, a diferenciá-las.

Hoje, por exemplo, estou sentindo aquela dor de como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Mas tudo isso creio que se deve ao fato de que ontem ousei fazer uma aula de yoga um pouco pesada demais para mim. Surge assim, outro ponto importante para o fibromiálgico: compreender e respeitar seus limites. Até onde eu posso nesse exercício? Qual é o tempo máximo que aguento no momento para lavar vasilhas? Se o tempo máximo são 5 minutos, e nesse tempo não foi possível terminar de lavá-las, deixe-as lá na pia que quando você estiver melhor você lava.

É claro que pensar assim é complicado para pessoas como nós que se cobram de mais, afinal, tem coisa pior que não conseguir lavar todas as vasilhas da pia? Ou então, ter que parar de fazer os exercícios na aula de yoga e esperar por um exercício mais leve enquanto todos os outros continuam a fazer os exercícios? É claro que não é fácil lidar com isso. Esses dois exemplos são apenas imagens das inúmeras outras situações que o fibromiálgico vivencia nas quais ele deve trabalhar sua relação com os seus próprios limites. Se ontem eu não tivesse me obrigado a fazer quase todos os exercícios da yoga certamente hoje não estaria morrendo de dor. E se você não tivesse se cobrado tanto acerca de ______, possivelmente estaria se sentindo melhor (ou um pouco menos pior) hoje.

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